Este blog é um espaço de opinião sobre o futebol de hoje e sobre algumas memórias do futebol que vimos e vivemos. O título evoca um programa desportivo de rádio que durante anos foi emitido na Antena 1, às 6ªas à noite. Os ouvintes ligavam e diziam que era um prazer falar no "livre indirecto", era "matemático".
quarta-feira, novembro 15, 2006
As neuroses
Nos últimos jogos tenho testemunhado o cada vez maior distanciamento entre as motivações dos jogadores e as motivações do público. Esta separação mina o futebol na sua essência e vai custar caro. É mais um prego no caixão. Com o aumento da ansiedade e da exigência dos espectadores - que culminam no aumento das assobiadelas e das manifestações de desagrado - não há jogador craque que quando marque um golo não se vire para o público como que a dizer: "sim, sou eu, seus c....; vão assobiar para casa", seguido do tradicional beijo no emblema do clube. Também vi o Ronaldinho comemorar o golo de livre directo com o Saragoça com uma festa enorme, que foi (erradamente) interpretada como sendo resultado da vitória que o Barcelona assim conseguia num jogo tão difícil e importante. Que ingenuidade. Era uma forma de celebrar o fim do jejum de livres directos do Ronaldinho. Mas com as neuroses do Ronaldinho passamos todos bem; já fico tonto é com as neuroses dos nossos craques domésticos. A propósito... não há ninguém que me "youtube" o livre do Ronaldinho?
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