Não sei bem sobre o que é este post: sobre a imprensa, sobre a "verdade desportiva" ou sobre a "verdade" tout-cort. Na segunda-feira fui ver o União de Leiria - Nacional. Noite de frio, mas a pedir uma pausa. Ao mesmo tempo, na TV, estava a dar o Setúbal-Sporting. Em Leiria, uma ou duas câmaras de televisão, para um resumo de meio minuto (à boa moda antiga) e "informações periódicas" do resultado nas rádios nacionais. Como nos anos 80.
O Nacional ganhou 2-1, com uma arbitragem medíocre, típica do conhecido árbitro. No dia seguinte, enquanto se discutia a "intensidade" das faltas nos jogos dos grandes, o jogo Leiria - Nacional tinha uma breve menção nas páginas 26 e 27(!) do jornal "A Bola". Pelo menos dois golos (o do Leiria e o segundo do Nacional) são altamente questionáveis, mas sobre isso não li nem vi nada. E como ângulo preferencial de análise (chacota), o jornal "A Bola" falava de uma assistência a rondar as 100 pessoas. Sinceramente... só 100 pessoas estavam na minha fila para o bar... Bem sei que não éramos muitos, mas "CEM" pessoas???
Para concluir: este foi um jogo a contar para a 1ª Liga de Portugal e com uma das nossas equipas "europeias"; mas para a imprensa e grande público bem pode ter sido um jogo da 3ª divisão de Malta.
É por isso que eu acho que, para já, este movimento pela "verdade desportiva" é uma mentira. Por agora, trata-se simplesmente de mais um mecanismo de pressão e agitação em torno de "grandes jogos" ou de "jogos dos grandes", destinado a embaraçar ainda mais os árbitros. Claro que eu gostaria de toda a verdade desportiva, mas enquanto houver este fosso futebolístico tão grande, não só entre países mas também dentro de cada país, não posso concordar. E mencionar o que se passa nos EUA como forma de legitimar este "movimento pela verdade desportiva" é de rir. Mas isso fica para uma próxima oportunidade.
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