Pessoalmente, o final de 2009 ficou marcado pelo regresso à realidade do Sporting: a filosofia "os outros que paguem a crisem" nunca falha. Tal como já tinha sugerido noutro post, o Sporting precisava de voltar à realidade. Isto é, gastar: milhões para ali, milhões para acolá; tudo em grande, a caminho do abismo.
Claro que o abismo é dos outros: aqueles que não são "demasiado grandes para se deixar falir". Quando a conta chegar, bastam dois ou três telefonemas certos (vocês sabem do que estou a falar) e os outros (contribuintes, pequenos accionistas , consumidores de electricidade ou de telefone...) que paguem a crise. O Benfica já tinha percebido; o Sporting também parece estar a perceber.
Contudo, o mais grave disto tudo é a constatação de que as SAD's de futebol não estão desenhadas para estimular a responsabilidade, a seriedade, o médio-prazo: que mecanismos de controle sérios existem? A que regras de "accountability" estão os administradores sujeitos? Nenhumas... são todos traidores potenciais do futuro dos clubes. E como nenhum quer ficar com a fava, toca de fugir em frente. Uma vergonha, que vai acabar mal, porque um dia esses telefonemas não vão pegar. Seja porque a dívida pública é insustentável, seja porque as "empresas do regime" não vão aguentar mais a pressão, seja porque os contribuintes e accionistas ficarão fartos. É inevitável, mas os portugueses já demonstraram que podem esperar. Em suma, faz muito bem o Sporting.
Outras reflexões sobre o final de ano em grande do Sporting (e do Benfica, claro):
1) O Sporting vai ter retorno zero destas aventuras. Tarde de mais para salvar a época. Qual é o plano do Sporting?
2) O que pensa Paulo Bento disto?
3) E no final do ano, quando o FCPorto se sagrar novamente campeão, com que cara é que vamos ouvir o Pinto da Costa?
Que viva 2010!!
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